quinta-feira, 24 de setembro de 2009

simples acaso.


Passamos por momentos de plena felicidade em nossa vida.

Momentos estes que nos marcam de uma forma surpreendente e nos transformam, nos comovem, nos ensinam e muitas vezes, nos machucam profundamente.


As pessoas que entram em nossa vida, sempre entram por alguma razão, algum propósito.


Elas nos encontram ou nós as encontramos meio que sem querer, não há programação da hora em que encontraremos estas pessoas.

Assim, tudo o que podemos pensar é que existe um destino, em que cada um encontra aquilo que é importante para si mesmo.


Ainda que a pessoa que entrou em nossa vida, aparentemente, não nos ofereça nada, mas ela não entrou por acaso, não está passando por nós apenas por passar.


O universo inteiro conspira para que as pessoas se encontrem e resgatem algo umas com com as outras.


Discutir o que cada um nos trará, não nos mostrará nada, e ainda nos fará perder tempo demais desperdiçando a oportunidade de conhecer a alma dessas pessoas.


Conhecer a alma significa conhecer o que as pessoas sentem, o que elas realmente desejam de nós, ou o que elas buscam no mundo, pois só assim é que poderemos tê-las por inteiro em nossa vida.


A amizade é algo que importa muito na vida do ser humano, sem esse vínculo nós não teremos harmonia e nem paz.


Precisamos de amigos para nos ensinar, compartilhar, nos conduzir, nos alegrar e também para cumprirmos nossa maior missão na terra:"Amar ao próximo como a si mesmo"E para que isso aconteça, é preciso que nos aceitemos em primeiro lugar e depois olhemos para o próximo e enxerguemos o nosso reflexo.


Essas pessoas entram na nossa vida, às vezes de maneira tão estranha, que nos intrigam até.


Mas cada uma delas é especial e mesmo que o momento seja breve, com certeza elas deixarão alguma coisa para nós.


Observe a sua vida, comece a recordar todas as pessoas que já passaram por você e o que cada uma deixou.Você estará buscando a sua própria identidade, que foi sendo construída aos poucos, de momentos que aconteceram na sua vida, e que até hoje interferem em seu caminho.

Quando sentir que alguém não lhe agrada, dê uma segunda chance de conhece-lo melhor, você poderá ter muitas surpresas cedendo mais uma oportunidade.


Quando sentir que alguém é especial para você, diga a ele o que sente, e terá feito um momento de felicidade na vida de alguém.Não deixe para fazer as coisas amanhã, poderá ser tarde demais.Faça hoje tudo o que tiver vontade.


Abrace o seu amigo, os seus irmãos, os seus filhos.

Dê um sorriso para todos, até ao seu inimigo.

Se estiver amando, ame pra valer, viva cada minuto deste amor, sem medir esforços.


Seja alegre todas a manhãs, mesmo que o dia não prometa nada de novo.


Planeje o seu destino!Sopre aos ventos os seus sonhos, eles irão se espalhar pelos ares e voltar a você em forma de realidade.


Nada nesta vida acontece por acaso.

Ninguém chega até nós por um simples acaso.

Pense nisso.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quanto mais nobre o coração


Quanto mais nobre o coração de uma mulher, menos nobre o seu destino.
Uma mulher bonita porém fútil e vulgar ganha fama,
uma mulher bonita porém com personalidade ganha descrédito,
uma mulher de grande beleza, bondade e ainda personalidade ganha desprezo;
uma deusa ganha crucificação...
Alexia
(inspirada em gênio de Fernando Pessoa)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Olhos de insulfilm

,
"Ver é um ato de resistência cotidiana.


O mais fácil, sempre, é não ver. Ou enxergar apenas aquilo que nos dão para ver,

como se essa fosse toda a verdade. Existe aquilo que não vemos, mas gostaríamos de ter visto.

E existe aquilo que não vemos porque escolhemos não ver.


Como quando fechamos o vidro do carro para impedir o contato com as pessoas que nos pedem alguma coisa do lado de fora. E colocamos insulfilm nos vidros, quanto mais escuro melhor, para que nem mesmo elas possam nos ver.


É mais fácil quando aqueles que querem entrar não enxergam nosso rosto assustado, culpado ou com raiva. Nosso desamparo diante da dor do outro é oculto por camadas de insulfilm. E um pouco mais: a película que permite a nossa cegueira impede os que pertencem ao lado de fora de ver que não estamos vendo.


Nos iludimos que estamos protegidos, mas a escolha de não ver – assim como a de não ser visto – vai nos brutalizando. E logo nem precisamos mais da película sintética na janela. Porque um insulfilm orgânico já cobre nossos olhos, faz parte de nós. Não ligamos mais. Os que querem entrar já não importam, porque nos iludimos que são tão diferentes de nós, que temos a sorte de estar dentro, que não faz mais diferença.


Todos os genocídios da história foram cometidos por poucos, mas só puderam ser consumados porque muitos fingiram não ver. E fingiram com tanta ênfase que acabaram por acreditar que não viam.


Às vezes, contra todos os meus esforços, acontece comigo.

Sucumbo à banalidade, me distraio e permito que o insulfilm me cubra os olhos.


Iludo-me que estou vendo, mas não estou.

(...)


A verdade é que poucas realidades do mundo são tão fáceis de não ver como a das Áfricas todas. Porque a rigor nem mesmo a África existe. Como sabemos, o continente e cada país dele foram uma invenção riscada no papel pelos colonizadores, com as consequências mais devastadoras. Para a maioria de nós, que aqui está, nada mais distante de nós do que os africanos todos. Vez por outra acompanhamos seu sofrimento como se acontecesse com gente de outra espécie. Eles morrem todos os dias de guerra, de fome, de sede, de malária e de Aids.


E é como se seu sofrimento fosse um dado da natureza. É banal, é corriqueiro, deixamos de ver, não nos sentimos implicados, “a África é assim”. É mais assim ainda que as favelas que se multiplicam ao nosso redor.


Como podemos? Racionalmente, eu não aceito isso.


Mas a realidade, percebi, é que vivo como se aceitasse... lentamente comecei a abrir as pálpebras dos meus" dos meus Olhos!!!






Extraído coluna revista Época

jornalista: Eliane Brum